A questão da mobilidade urbana é um desafio constante que requer planejamento e atenção. A população presente nas cidades cresce em ritmo acelerado, com uma estimativa de crescimento de 2.5 bilhões de pessoas até 2050 segundo dados da ONU em 2014. Ainda segundo o relatório, este fato representaria que cerca de 66% da população mundial irá viver nas cidades até 2050, frente a atuais 54%.
A rápida urbanização e a constante êxodo rural têm causado um inchaço do espaço urbano. Para enfrentar o aumento da população, será extremamente necessária a existência de um sistema de transportes público eficiente e de qualidade, como alternativa a veículos passeio. Somente no Brasil, os veículos de passeio foram responsáveis por 38% das emissões de CO2 segundo dados do Ministério do Meio Ambiente. Devido a sua comodidade, os carros de passeio são um modo de transporte comum, contudo pouco eficiente. Em Salvador, por exemplo, segundo dados do estudo da Secretaria de Infraestrutura da Bahia, em 2013, sete a cada dez carros circulam somente com um ocupante, sobrecarregando a infraestrutura viária existente. Na média nacional, temos uma ocupação de 1,5 pessoa/carro, conforme exposto pela Mobilize. Na Europa temos casos bem sem semelhantes. De acordo com a Agencia Europeia de Desenvolvimento (EEA), o Reino Unido tem uma taxa de pessoas por carro de 1,58, na Alemanha de 1,42 e na Holanda de 1,38. Como resposta a está ineficiência dos veículos de passeio temos o transporte público. Pode-se explicar o transporte público como um sistema acessível para a população, podendo ou não exigir taxas, ser locais ou regionais e possuem um horário determinado. Existem exemplos famosos como o trem, metrô, barca, ônibus e bonde. Existem diversos benefícios associados com a adoção do transporte público pela população. É possível ver melhorias nos indicadores de mortes no transito, poluição do ar e saúde. Nos EUA, apenas 1% dos acidentes no transito estão relacionados ao transporte público, enquanto 75% estão diretamente ligados a carros de passeio conforme dados do Departamento de Transporte Americano. O incentivo ao transporte público tem tanto poder de combater a emissão de gases poluentes a atmosfera que o governo alemão pretende torna-lo de graça para a população. Estudos comprovaram que caso exista investimento em cidades Norte Americanas no sistema de transporte publico, os benefícios pessoais relacionados a custos médicos por pessoa seria de US$355 por ano, enquanto os benefícios associados a um sistema público integrado com ciclovias e vias caminháveis poderia chegar aos US$ 541, conforme apontado pelo Centros de Controle e Prevenção de Doenças(CDC). Desta forma, é fácil notar as diversas vantagens relativas ao investimento em transporte público por parte do poder governante. Cabe agora, aos tomadores de decisão investirem mais recursos e tempo nas melhorias dos sistemas já existente e na criação de novos sistemas.
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AutorGuilherme M. Pfeffer é um entusiasta por planejamento e mobilidade urbana. HistóricoCategorias
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